A Universidade vive um tempo de desafios diante das mudanças culturais e científicas. Há hoje uma perda da crença no poder da ciência e da razão. Hoje, precisamos tematizar sobre o sentido do conhecimento nas relações sociais e nas reações de poder. Há muitos potenciais para produzir saberes pertinentes, mas os critérios para se fazer pesquisas científicas ainda permanece o mesmo. A universidade é guardadora das intenções de criar a identidade de “cientistas” como sujeito que produzem conhecimentos novos. Embora o diploma não seja mais os critérios para ascensão social de muitas pessoas, há diversos lugares sociais que exigem títulos e qualificação efetiva para o devido exercício das profissões. O diálogo, a comunicação e a socialização dos conhecimentos produzidos são cada vez mais exigidos. Esta socialização é um dos papeis da extensão universitária, papeis que se traduz em oxigênio para os pulmões da universidade. Mas como fazer isso junto aos oprimidos é o grande desafio, pois não é para todos os setores da sociedade que interessa as ações extensionista da universidade. Isso é o que tematizaremos aqui. Analisaremos que lugar tem a extensão na universidade e que tipo de extensão ela está desafiada a fazer? Antes, porém, vamos retomar as abordagens da sociologia do conhecimento que nos orientou na pesquisa, mostrando que os pesquisadores sempre se preocuparam em refletir sobre o modo de desenvolver suas pesquisas, se interrogando sobre os percursos e processos e não apenas sobre resultados., pois as metodologias de pesquisas não são meramente técnicas, mas posições epistemológicas frente a objetos e as perguntas sobre ele, além de ser uma pratica sociológica que confronta visões de mundo, valores, expectativas, argumentações e posições históricas dos sujeitos diante das relações sociais.

Doutor em Sociologia. Possui Graduação em Licenciatura em Filosofia pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (1986), Mestrado em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1993). Tema: O Ensino Superior Regional – O Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Tema da tese de Doutorado: Extensão Universitária – Concepções e Pratica (2003). Foi Coordenador do Curso de Sociologia e membro dos Colegiados Superiores da Unijui – Representação Docente. Membro do Núcleo de Extensão. É professor das áreas de Ciências Humanas e Sociais nos Cursos Graduação da UNIJUI. É Professor do Curso de Mestrado em Direitos Humanos. Atua na Pesquisa e Extensão Universitária com os temas de Direitos Humanos e Inclusão Social, Justiça Social, Economia Solidária e Educação Popular. Atua nos programas de Formação Continuadas dos governos municipais e Estaduais. Coordena projetos de pesquisa e extensão apoiados pelo CNPQ no campo da Economia Solidária. Publicou vários artigos e dois livros em destaque: Sociologia Jurídica; Estado, Sociedade Civil e Cidadania  no Brasil – Elementos para uma cultura em direitos humanos.