O que o direito fraterno, a jurisdição e a mediação possuem em comum? O que há de similar em um direito nascido do tripé (liberdade, igualdade e fraternidade) da Revolução Francesa, entre o modo como o judiciário decide conflitos e uma outra forma de lidar com esse mesmo conflito que é consensuada e democrática? Essas são as principais indagações desse livro. Objetivando discutir os (des) encontros entre o direito fraterno, a jurisdição e a mediação nasceu a ideia de compor essa obra, produzida a partir da sistematização dos estudos da autora sobre o conteúdo apresentado. Estes capítulos também podem ser encontrados em outros periódicos ou livros que tratam desta temática. A pesquisa nasceu da análise das relações cotidianas dos seres chamados humanos nas quais observa-se que existem conflitos (guerra?) entre as partes (irmãos?) que precisam ser resolvidos e que batem às portas do judiciário (poder supremo?) que deve, através da tutela jurisdicional do Estado (pai?) resolver a contenda. A solução vem após um longo processo judicial que muitas vezes não pacifica, pelo contrário, impõem às partes algo que nada soluciona, apenas agride. O resultado aponta para um modo fraterno de pensar o conflito utilizando como mecanismo a mediação não apenas como meio de “desafogar” judiciário e resolver sua “crise” e sim como meio de gerar uma comunicação eficiente e alcançar o consenso. Eis aqui os (des) encontros.