O livro intitulado O Humano nos Direitos Humanos. O impacto das ontologias do humano na conceção dos direitos parte do pressuposto de que o modo de conceber o humano redefine a compreensão e a abrangência dos direitos humanos. A partir daqui o autor começa por apresentar os sentidos e as ontologias de humano que subjazem a diversos humanismos sobretudo de matriz cultural ocidental, procurando ao mesmo tempo propor uma outra ontologia não ortodoxa, mais compreensiva, dialógica e multidimensional, que resgate verdadeiramente o humano e engrandeça, consequentemente, os direitos humanos. Uma outra linha de reflexão incide na análise da complexidade e dos desafios dos direitos humanos apanhados com frequência entre fogos cruzados de lógicas divergentes e até contraditórias, e na descrição das suas arritmias decorrentes também das palpitações irregulares do humano, tendo presente fundamentalmente os tempos atuais, caraterizados como incertos e de desassossego. Numa terceira parte, o autor faz uma proposta de reanimação crítica dos direitos humanos, começando por desenvolver uma perspetiva política e uma visão mais heterodoxa dos mesmos, passando depois, dada a sua relevância crescente e simultaneamente inquietante, pela localização do humano e dos direitos humanos no capitalismo de vigilância ou de informação e também no transumanismo. Termina a obra com a procura de um outro lugar para os direitos humanos a partir de uma ontologia menos convencional, que prioriza a hospitalidade, o cuidado, a responsabilidade pelo Outro.
Introdução I PARTE O humano nos humanismos 1. Sentidos do humano 2. Ontologias do humano 3. Para uma outra ontologia II PARTE Arritmias e palpitações do humano nos direitos humanos 1. Direitos humanos: entre fogos cruzados 2. Arritmias dos direitos humanos e palpitações do humano III PARTE Para uma redenção crítica dos direitos humanos 1. Uma perspetiva política dos direitos humanos 2. Uma leitura menos convencional dos direitos humanos 3. Direitos humanos e capitalismo de vigilância 4. Direitos humanos e transumanismo 5. Um outro lugar para os direitos humanos Conclusão Referências bibliográficas
Carlos Estêvão é professor catedrático aposentado do Instituto de Educação da Universidade do Minho (Portugal) e professor catedrático contratado da Universidade Católica Portuguesa. É doutorado em Ciências da Educação, possuindo ainda o mestrado em Filosofia Moderna e Contemporânea. Lecionou várias unidades curriculares da graduação e pósgraduação em universidades portuguesas e estrangeiras. Publicou mais de cento e sessenta trabalhos, dentro e fora do seu país, com destaque para livros, capítulos de livros e revistas. Participou, como coordenador ou como membro, em projetos de pesquisa financiados externamente e fez parte de equipas de avaliação de projetos de investigação da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT-Portugal). É membro do Centro de Estudos Filosóficos e Humanísticos da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Católica Portuguesa. Orientou vários projetos de pós-doutoramento, de doutoramento e de mestrado. Participou, na qualidade arguente ou de vogal, num número muito significativo de júris de provas académicas, no seu país e no estrangeiro. Exerceu funções de direção e gestão, nomeadamente Presidente do Conselho Pedagógico, Vogal do Conselho do Instituto, membro do Conselho Científico e do Conselho Consultivo, do Instituto de Educação da Universidade do Minho. Pertenceu ainda ao Conselho Académico e ao Senado desta mesma universidade. Criou e coordenou o Núcleo de Educação para os Direitos Humanos, do Instituto de Educação da Universidade do Minho.
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